quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Dúvida cruel


Hoje dói-me pensar,
dói-me a mão com que escrevo,
dói-me a palavra que ontem disse
e também a que não disse,
dói-me o mundo.
Há dias que são como espaços preparados
para que tudo doa.
Só deus não me dói hoje.
Será porque hoje ele não existe?

(Roberto Juarroz, poeta argentino. Obs: a "dúvida cruel" é minha)

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Por onde andará Sasha?


O que ela terá feito da vida? Onde estará morando, por onde andará no dia do show? 
Essa foi a pergunta que Alex e Bennie Salazar fizeram no último capítulo do livro “A visita cruel do tempo” (não, isso não é um Spoiler). Tal pergunta provavelmente irá conduzir o leitor a refletir, com um leve sorriso, sobre a sua própria vida, e talvez ele tente imaginar por onde andará aquele garoto/garota que era seu melhor amigo nos tempos da escola, ou ainda aquela moça/rapaz (como era mesmo o nome?) que namorou no verão de dez ou quinze anos atrás. 
Essa evocação de pensamentos é, em minha opinião, um dos maiores méritos do livro “A visita cruel do tempo”, de Jennifer Egan.